Paula Prates exibe dois conjuntos de desenhos que, partindo de imagens médicas de órgãos humanos, constituem estruturas de carácter abstracto, formalmente assemelhando-se a representações de explosões. Manipulados digitalmente, os trabalhos readquirem a sua dimensão orgânica quando as figuras gizadas pela artista no computador são traçadas na folha de papel pela sua própria mão. Assim, descontextualizadas, estas formas criam um novo corpo, que cruza o tecnológico com o humano, o vivo com o inerte, numa alusão a universos futuristas que, entretanto, a humanidade começa a viver.

Paula Prates shows two groups of drawings that, based in medical images of the human organs, constitute abstract pictures, similar to graphic representations of explosions. Digitally manipulated, the works get back its organic dimension when the forms outlined by the artist in the computer are translated into pieces of paper with her own hand. Thus, out of context, these figures create a new body, that brings together the technological and the human, the living and the inert, an allusion to a futurist reality that, however, one has already started to experience.